quinta-feira, 10 de março de 2016

COLONIZAÇÃO DA GUINÉ 1521-1529


1521
LEONIS CORREIA é corregedor de Cabo Verde até 1527. Leonis Correia, que chegou a ser preso e remetido para o Reino, pelo juiz ordinário da Ribeira Grande, ANTÓNIO VAZ (1524)(248)
248 - ANTT, CC, II-146-81, 22-Jan-1528 e Chanc. D. João III, P. e L., liv. 9, fl. 224, 19Jun1533.
AFONSO DOMINGOS, Foi para a Guiné em 1528 e veio da costa em Julho do mesmo ano. Vereador da Câmara da Ribeira Grande (1521)
BARTOLOMEU GOMES, Tem mulher na ilha de Santiago Prioste? e apontador da igreja por mandado do Vigário Geral da Ribeira Grande, Jorge Perdigão (1521) Armador (1528) Capitão (1528)
ANTÓNIO MADEIRA, Natural de Covilhã Tem um filho ilegítimo, André Madeira, que teve com Guiomar Madeira, sua escrava que ele forrara Falecido (1566)  Clérigo de missa Escrivão do vigário (1521)
RODRIGO ÁLVARES ÓBIDOS, Estante na vila da Ribeira Grande (1521) Falecido (a. 1548) Herdeiros: sua mulher e Duarte Homem Almoxarife da Ribeira Grande (1526-1529) Mercador Armador (1528)
1522
GONÇALO DA FONSECA é capitão-mor de Arguim
1524
Primeira acção conhecida de corsários franceses (Jean Fleury ou Florin: corsário do porto de Dieppe, semeou o terror tanto nos mares das Caraíbas como de Cabo Verde: foi ele o primeiro marinheiro com carta de corso a atacar as armadas espanholas – em 1522 apoderou-se do tesouro de Guatimozin, que Cortés enviava do México para Espanha. Capturado pelos espanhóis, foi enforcado em 1527) em águas de Cabo Verde.
A “repartição” da alfândega por esses dois órgãos – almoxarifado e feitoria – acabava por implicar ou a nomeação de novo pessoal para os serviços portuários e de armazenagem das mercadorias transacionadas por esta nova instituição, o simples remanejamento, ou, então, a junção de competências. Para Santiago passa-se a nomear por isso, ao invés de um “guarda e homem do almoxarifado”, o mesmo como “homem do almoxarifado e guarda dos navios da feitoria”. Em 1524, GONÇALO VELHO é provido nos ditos ofícios já com esta última designação (177).
177 - ANTT, Chanc. D. João III, liv. 37, Doações, fl. 78, 24-Nov-1524.
D.BRANCA DE AGUIAR em 1524 vendeu o governo Cabo Verde a DOM AFFONSO DE ALBUQUERQUE, filho do grande almirante Português na Ásia
MANUEL CARDOSO, Nobre descendente dos Cardosos Tem mulher e sogra em Santiago Provedor do Hospital de Todos os Santos de Lisboa em Santiago (1524-1532) Armador (1528) Proprietário rural
GOMES DIAS, Sobrinho de Álvaro Dias, almoxarife da vila da Ribeira Grande  Escrivão de navio (1524) Contrabandista – comerciava, indevidamente, na Costa da Guiné Matou uma moça na ilha de Santiago
FRANCISCO MOURÃO, Reposteiro Real Escrivão da feitoria de Santiago (1513-1524)
SIMÃO NETO, Fidalgo da Casa do Rei Armador (entre 1524-1528?) Proprietário rural na ilha do Fogo
JOÃO RODRIGUES, Cavaleiro da Casa Real Genro de Rodrigo Afonso Colaço, armador e proprietário rural Meirinho diante o corregedor (1524 - 1539) – ordenado de 1.500 reis por mês
GONÇALO (HOMEM) VELHO Sobrinho de Pêro Gomes Falecido (1538) Homem do almoxarifado da Ribeira Grande (1524 – 1538) Guarda de navios da feitoria real da ilha de Santiago (1524 – 1528)
1524/12/16
A lei foi alterada por carta régia de D. João III datada de 16 de Dezembro de 1524 em que, por um lado se permitia a saída de cristãos-novos sem autorização régia, por outro incentivava-se que o seu tratamento fosse como se de cristãos-velhos se tratassem enunciando a intenção de lhes dar, inclusivamente, mercês e favores
1525
Fundação do reino do Gabu?
LEONIS CORREIA inicia as suas funções no cargo de feitor da ilha de Santiago.
A famigerada lei do morgadio (de 1525) transpôs da Europa um regime agrário feudal em que o servo deu lugar ao escravo. Se o varão primogénito foi instituído como único administrador da herança fundiária (sem partilha com os restantes irmãos), não era ao povo coitado (incluindo o escravo liberto) que iam dar a terra, a não ser para a trabalhar! Quando muito, sujeitava-se o pobre a um iníquo contrato de «arrendamento» ou «parceria» que o expunha a toda a casta de abusos e prepotências.
1526
Em 1526, GARCIA FERNANDES serve de alcaide e porteiro da vila da Praia, IANTT, Corpo Cronológico. II-183-34, 5 de Julho de l526, António Bráslo, MMA, 2ª série, vol. II, Lisboa, 1958-1968.
Livro de armação da caravela «Santiago? (1526) – De cerca de uma dúzia de «livros de armação» quinhentistas que conhecemos, este é o livro que se refere a uma viagem entre Portugal e a Guiné. Tem, no começo, os treslados dos regimentos do escrivão e do capitão, distintos. A parte inicial do regimento do capitão tem semelhança com a correspondentedo regimento do capitão da nau «Bretoa», incluindo a via das Canárias, a pescaria subsequente e a proibição de molestar os nativos e de lhes vender armas. Segue-se a relação das «taxas», isto é, dos valores de cada um dos tipos de mercadoriasem escravos e dobras, (panos, alaquecas, mantas do Alentejo,manilhas de latão, bacias, e estanho). Partiram de Lisboaa 20 de Janeiro, escalaram a ilha de Santiago de 2 a 8 de Fevereiro (para descarregarem mercadorias), estiveram no resgate d'Anque (na Serra Leoa) de 20 de Fevereiro a 15 de Maio, chegaram ao Rio de S. Domingos a 15 de Maio e aí estiveram até 15 de Julho, chegaram à ilha de Santiago a 2 de Agosto aí metendo lenha e água, dai prosseguiram para ai lha Terceira (onde estiveram de 20 a 22 de Setembro metendo mantimentos, agua e lenha) e chegaram finalmente a Lisboa a 3 de Outubro. Foi uma viagem bem longa, pois demoraram 7 meses e 10 dias. No resgate da Serra Leoa, depois da entrega de dádivas, iniciou-se o trato. Com pano vermelho e amarelo e alaquecas adquiriram 70 escravos, e com alaquecas e lenço adquiriram 20 quintais de marfim. Dada a escassez de escravos, por terem vindo recentemente muitos navios, decidiram adquirir ferro, para com ele irem ao Rio de S. Domingos resgatar mais escravos. Assim, adquiriram 1925 ferros, por troca com manilhas, pano, cristalino, matamungo, bacias, pichéis, cascaveis e mantas do Alentejo. Também adquiriram aí 3 moios de arroz, por troca com manilhas, e embarcaram um «lançado» com 49 escravos seus, metade dos quais teve de entregar para El-Rei, conforme as ordenações.
No Rio de S. Domingos, depois da oferta de dádivas aos chefes, utilizaram os ferros da Serra Leoa para adquirirem 31 escravos, 25 quintais de marfim, 12 moios de milho e 4 moios de arroz, e com cristalino adquiriram azeite (de palma) e esteiras para os escravos; certamente o arroz e milho adquiridos também se destinavam a estes. Aqui, fugiram dois marinheiros, «lançando-se» entre os negros, o que era frequente, apesar das severas penas das ordenações régias. Na demorada viagem de regresso a Portugal, morreram 15 dos escravos, do total de 155 d'el-Rei, ou seja 12 %.
Início da construção da capela-mor da igreja de Nossa Senhora da Graça da Vila da Praia, ilha de Santiago.
Em 1526, ÁLVARO GONÇALVES e sua mulher Mencia Baez, ambos portugueses, forão queimados pela Inquisição das Canárias; o filho, DUARTE, precisava de sair das ilhas, e logo surgiu o rumor de que tinha fugido para Cabo Verde onde tinha parentes ricos.
ANDRÉ (ANTÓNIO) RODRIGUES DOS MOSQUITOS inicia as suas funções no cargo de feitor da ilha de Santiago
JOÃO ALVARES, Escrivão da feitoria real da ilha de Santiago (1526-1527) Oficial da Câmara da cidade da Ribeira Grande (1555)
RODRIGO ÁLVERES DE ÓBIDOS, Almoxarife da Ribeira Grande (1526, 1527)
A concorrência apareceu quando, por volta de 1526, embarcações inglesas começaram a frequentar a costa da Guiné, e, em 1539, um corso francês surgiu naquela costa. Estava em causa a defesa daquele território, o que motivou a construção de uma fortaleza em Bissau, cujas obras foram iniciadas em 1687. Tanto mais que, em 1700, navegadores franceses tentaram ocupar Bissau.
1526/10/27 - AFONSO DE ALBUQUERQUE é donatário da Ribeira Grande
«Afonso de Albuquerque - de 1526 a 1533 - por transferência de direitos feita pelo donatário com assentimento real, em 27 de Outubro de 1526. Capitão donatário».
João Barreto
1527
Quando finalmente se proporcionou existirem como unidades coordenadas (166), o volume de negócios realizados entre as duas feitorias e a de Santiago com o exterior impôs a este estabelecimento a criação de mais um cargo: o de “recebedor da feitoria do trato de Guiné”. FRANCISCO FERNANDES é quem o exercia pelos anos de 1527-1529 (167).
167 - ANTT, Chanc. D. João IIII, liv. 35, fl. 14-14 vº, 23-Dez-1544.
GOMES BALIEIRO é capitão donatário da Praia. GASPAR DA VIDEIRA, este agora, igualmente preso mas a mando de Gomes Balieiro, capitão da vila da Praia de Santa Maria (249).
249 - ANTT, Chanc. D. João III, P. e L., liv. 8, fl. 69 vº, 01-Fev-1541
MANUEL BARBOSA, Casado com Ana Mendo Falecido a 20 de Novembro de 1598 – sua sepultura encontra-se na cidade da Ribeira Grande  Proprietário (1527) Proprietário de imóveis na cidade da Ribeira Grande no Bairro São Brás Foi nomeado procurador de George Menelao (1593?)
DIOGO GONÇALVES BULHÃO Procurador do Hospital de Todos os Santos na ilha de Santiago (1527-1529)
BÁRBARA CORREIA Portuguesa Mulher de Pêro Nunes?  Armadora (1527, 1528) Proprietária rural 
TOMÁS FERNANDES, Feitor de Afonso de Torres arrendatário do trato de Guiné (1538) Proprietário de navio (1527) Armador (1528) Capitão de navio (1528, 1534)
TRISTÃO MENDES, Feitor dos rendeiros dos dízimos da terra e direitos reais de Santiago, Fogo e Maio, Acenso Martins e Afonso Mendes (1527-1530)
ARCIA PESTANA, Criado do Bispo do rei (1527) Escudeiro Fidalgo da Casa do Rei Feitor do trato de Guiné na feitoria real de Santiago (27 de Novembro de 1527-31 de Janeiro de 1529) – foi o primeiro feitor do Rei em Santiago Procurador do Rei (1528)

1527/08/28
Nomeação de GASPAR CORREIA no cargo de corregedor de Cabo Verde
1528
JOÃO DE NOLI também investiu no tráfico de seres humanos da África Ocidental para Cabo Verde. Em 1528 era dono do navio Conceição, que transportou 113 cativos Africanos da África Ocidental para as ilhas de Cabo Verde, juntamente com uma carga de milho, arroz e marfim. O nobre equipou este navio nas ilhas de Cabo Verde e então alugou um espaço de carga para comerciantes nas ilhas e na África Ocidental. Seu navio navegou para a África Ocidental onde negociou, antes de retornar para as ilhas de Cabo Verde e pagar impostos de importação em 5 de Agosto: 1.528,61. Nobres, como Dom Joham de Noli fez, não velejavam fisicamente para a África Ocidental, mas, em vez disso, eran donos dos navios que operavam no tráfico de seres humanos e transportavam os africanos cativos para a sua colónia insular, como escravos.
A esposa de Dom Joham de Noli também participou de tráfico de seres humanos da África Ocidental para as ilhas de Cabo Verde . Ela é um exemplo do papel da mulher na tráfico de seres humanos da África Ocidental para o Atlântico europeu. À semelhança de outros nobres e mulheres, pessoas comuns, que viveram no início do Cabo Verde, a esposa de Dom Joham de Noli não velejava fisicamente para a África Ocidental para garantir cativos humanos. Em vez disso, ela e outras mulheres se juntaram aos nobres, o ricos, sacerdotes e outros colonos que contratavam agentes masculinos nas ilhas de Cabo Verde .
Agentes do sexo masculino, em seguida, partiam para a África e garantiam cativos humanos, a quem eles transportavam para seus patronos nas ilhas de Cabo Verde. Os registos aduaneiros das ilhas de Cabo Verde são ricos o suficiente para seguir a negociação esclavagista da esposa de Dom Joham de Noli. Os escribas não a chamam pelo nome, apenas a esposa de Dom Joham de Noli. Em 3 de fevereiro de 1515 Santiago o navio foi para a alfândega da Ribeira Grande após negociação na África Ocidental. Havia sido equipado nas ilhas de Cabo Verde. Ao atracar na alfândega, os comerciantes do navio declararam sua carga para os funcionários aduaneiros portugueses. Toda a carga e cativos humanos foram avaliados pelo funcionário da alfândega, chefe na Ribeira Grande, ALVARO ALVARES, que colocou um preço sobre a carga e os seres humanos. Comerciantes, funcionários, tripulação, colonos e agentes que navegaram a bordo do Santiago declararam 149 africanos cativos aos funcionários aduaneiros portugueses. A esposa de Dom Joham de Noli era a importadora desses cativos africanos. Um agente sem nome a bordo deste navio trouxe os chamados cativos africanos. Um funcionário da alfândega avaliou os cativos com valor de 4.000 réis. A esposa do nobre pagou o imposto de importação de 25 por cento no total de 1.000 réis para o funcionário da alfândega português. Ela também pagou 150 réis para a Igreja Católica, e 5 por cento de taxa de importação.
A esposa de Dom Joham de Noli poderia legalmente transbordar africanos cativos das Ilhas de Cabo Verde para a Europa, Açores, Madeira e Ilhas Canárias, ou mesmo América Espanhola, se pagasse os impostos de re-exportação de 10 por cento. Quando adicionados juntos, o imposto de 25 por cento do governo, mais 5 por cento de imposto à Igreja Católica, e 10 por cento de imposto de re-exportação, todos somam 40 por cento em impostos sobre cada escravizado Africano. Esses impostos elevados resultavam em aumento do contrabando. Os dados oficiais do governo não são precisos sobre o número de africanos ocidentais enviados para ilhas de Cabo Verde como escravos, porque não contam o contrabando.
Como livros fiscais de Cabo Verde, os registros sobre a família de Noli são incompletas, especialmente os nomes dos pais e avós de segunda geração de Noli nobres que viviam na colônia Cabo Verde durante o final do XV e início séculos XVI. Normalmente registros genealógicos de um século XVI e início nobre, como DONA GENEBRA DE NOLI, nas Ilhas de Cabo Verde ler assim: fidalgo DOM JOHAM DE NOLI, cavaleiro da Ordem de Santiago e da cidade vereador da Ribeira Grande, casou-se com o nobre Português DONA MARIA DE FONSECA. O casal teve uma filha chamada DONA GENEBRA DE NOLI, que casou com DOM GONÇALO DE SIQUEIRA. Não existem tais dados para os pais de Dom Joham de Noli. As questões permanecem: como fez Dom Joham de Noli se tornar um cavaleiro e um nobre Português, mantendo seu sobrenome de Noli, e quem são os seus pais?
Mercê da capitania do Fogo a D.JOÃO DE MENESES DE VASCONCELOS, Conde de Penela
GOMES BALEEIRO foi conquistar a ilha Roxa (Bijagós) (1528?) Capitão e governador da justiça da vila da Praia (1530-1536) – feriu e prendeu o corregedor de Cabo Verde (1528?) Proprietário de um navio (1528) Armador (1528) Proprietário rural.
JOÃO BORGES No ano de 1528 recebeu 2 peças de escravos da Costa da Guiné Proprietário rural na ilha de Santiago.
GONÇALO AFONSO BRAGA Escrivão da feitoria da ilha de Santiago (1528-1529)
PÊRO DE BRAGA Cavaleiro da Casa Real Em 1541 encontra-se na Corte Tem mulher em Santiago Desacatou o capitão da Ribeira Grande João Correia de Sousa (carta de perdão em 1541) Armador (1528) Proprietário rural.
ÁLVARO DOMINGUES Almoxarife da vila da Praia? (1528) Importa peças e mercadorias da Costa da Guiné (1528).
JOÃO ÁLVARES ESTORGA Vizinho da vila da Praia Faleceu (1551) Juiz ordinário da vila da Praia (1536) Almoxarife da Praia (?-1651).
GASPAR FALCÃO Casado com a viúva de Leonis Correia Juiz ordinário da cidade da Ribeira Grande (1536) Armador (1528) Proprietário rural.
ANDRÉ FERNANDES Cavaleiro da Casa Real Contador da Casa da Alfândega (Novembro de 1528) Tesoureiro do Corregimento (1529) Contador do Rei nas ilhas de Cabo Verde (1529-1533) Feitor de Santiago (1532-1533) Ficou devendo à fazenda real 70.000 rs.
VIOLANTE FERNANDES Armadora (1528)
CRISTÓVÂO GONÇALVES Armador (1528) Capitão de navio (1528) Proprietário rural
FRANCISCO HOMEM Tem um filho, Domingos Homem, de uma mulher solteira Falecido (1549?) Padre/clérigo de missa Vigário da vila da Praia (1528) Importa peças e mercadorias da Costa da Guiné (1528) Deão da Sé de Santiago (?-1549)
VASCO HOMEM Casado com a filha de João Vidão Armador (1528)
GONÇALO DIAS LEITE Escrivão do almoxarifado da vila da Praia (1528-1529)
FERNÃO FIEL DE LUGO Cavaleiro fidalgo da Casa Real Vizinho da vila da Praia “…pessoa abonada e possuir fazenda móvel e de raiz…” Em Junho de 1540 encontra-se em Lisboa Não tinha parentes directos Falecido (antes de 1565) Almoxarife da vila da Praia (1528-1529) Almoxarife das rendas e direitos da ilha de Santiago (1542-1557) Juiz ordinário da Ribeira Grande (1551?) Importa mercadorias europeias (1528) Está preso na cadeia da Ribeira Grande (1536) Proprietário rural – instituidor do morgado (Junho de 1540) constituído pelas fazendas de “Trindade” e de “Santa Cruz”, com seus engenhos, gados e escravos. Ambas as fazendas rendem 600.000 reais por ano.
PÊRO MARTINS Clérigo (1528)
ANTÓNIO MENDES Alcaide do mar de Santiago (1530) Armador (1528)
DIOGO RODRIGUES Falecido em Julho de 1546, ocupa o seu lugar António de Matos (1567) Tabelião em Santiago (1528-1546) Escrivão dos contos e almoxarifado (1528) Tabelião da vila da Ribeira Grande (1527, 28, 1530?) O mesmo se poderá dizer com relação a DIOGO RODRIGUES, referenciado, em 1528, como chanceler da correição (217), ofício que viria a ser exercido conjuntamente com o de escrivão da correição e da chancelaria. Sublinhe-se a importância do chanceler enquanto responsável pela cobrança das penas pecuniárias impostas pelas justiças da comarca.
217 - Diogo Rodrigues exercia o cargo nesse ano, com o de escrivão do almoxarifado da Ribeira Grande. ANTT, CC, II-149-109, 30-Jun-1528.
GASPAR RODRIGUES escrivão do almoxarifado da Ribeira Grande (1528, 1529, 1534)
JOÃO RODRIGUES (o Rico) Pai de António Rodrigues Tem uma filha ilegítima, Helena Rodrigues Vizinho de Sevilha “João Rodrigues de Cabo Verde” Proprietário de um navio (1528) Contrabandista (1531)

GONÇALO VAZ Irmão de Pêro Vaz Alcaide do mar na ilha de Santiago (1528) Guarda de navios (1528-1529)
1528/04/20
Doação da capitania da ilha do Fogo a D.AFONSO DE MENESES VASCONCELOS, 2º Conde de Penela
1529
«Esse cuidado atingia tais extremos que o pessoal europeu da fortaleza incluía quatro degredadas solteiras, as «amassadeiras», as quais, segundo o «Regimento do capitão de São Jorge da Mina», de 1529, além do fabrico de pão e de outras tarefas domésticas e de enfermaria, deviam prestar, segundo normas preestabelecidas, favores sexuais à guarnição masculina «sem preferências nem distinções»
ESCRAVOS E TRAFICANTES NO IMPÉRIO PORTUGUÊS, O comércio negreiro português no Atlântico durante os séculos xXV a XIX, Arlindo Manuel Caldeira, A Esfera do Livro, Lisboa, 2013, pg. 64
A primeira medida prática com vista a estruturar aqueles sectores na nova moldura consubstanciou-se na criação do cargo de tesoureiro dos dinheiros dos defuntos das “ilhas de Santiago e do Fogo do Cabo Verde e em Guiné” (300). Coube a ANTÓNIO PIRES (1) inaugurar o ofício, em 1529, sendo ele, portanto, a formalizar a instituição do órgão que o havia de integrar como peça fundamental (2). Assistido regularmente por um escrivão, ora nomeado “escrivão da receita e despesa do tesoureiro dos defuntos”(3), ora simplesmente “escrivão dante o tesoureiro dos defuntos do Cabo Verde”(4), o tesoureiro teve a sua complexa tarefa descrita num Regimento de 1561 dedicado não somente a ele mas a todos os oficiais régios das fazendas dos defuntos do Brasil, São Tomé e Cabo Verde(5).
(1) - Parece ser a mesma pessoa atrás referida como mamposteiro mor da rendição dos cativos. O documento, de 1548, em que aparece associado à mamposteria, é o instumento em que se formaliza a sua destituição do ofício em favor de VICENTE ANNES IRES, cavaleiro da Casa d’El-rei, então provido em seu lugar. ANTT, Chanc. D. João, Doações, liv. 60, fl. 67, 22Set1548.
(2) - ANTT, Chanc. D.João III, liv. 41, fl. 61 vº, 10-Abr-1529.
(3) - V. ANTT, Chanc. D. Filipe I, Doações, liv. 17, fl. 157, 24-Set-1587.
(4)- V. ANTT, Chanc. Filipe I, Doações, liv. 31, fl. 9, 04-Jun-1594.
(5) - V. ANTT, Ms. 871, fls. 157-165 vº, in Brásio, MMA, 2ª série, vol. II, doc. 148, 01Jan1561.
ANTÃO AFONSO, tabelião do público judicial do Fogo, em 1529(1), mas também referenciado como escrivão da câmara, almotacaria e ainda mais “dos órfãos” da mesma ilha(2).
(1) - ANTT, CC, II-140-148, 13-Jan-1529.
(2) - ANTT, Chanc. D. João III, Doações, liv. 41, fl. 147 vº- 148, 11-Mar-1549.
Mamposteiro1 Pessoa encarregada de substituir outra em cargo, função ou negócio. 2 Aquele que recebia esmolas para cativos. O cargo de mamposteiro-mor dos cativos foi criado em Portugal durante a Idade Média para a dos arrecadação bens ou valores advindos de esmolas, penas, resíduos ou deixas testamentárias, destinados a recuperar a liberdade de prisioneiros de guerra, chamados de cativos (PORTUGAL, 1998, p. 250; HESPANHA, 1995, p. 230).
1529/05/05
Uma carta de GUDUMEL, senhor de Bezeguiche, para João III de Portugal (1521-1557) datada de 5 de Maio de 1529, solicita licença para ali mandar fazer um castelo, do qual lhe poderia vir muito proveito e que, convindo nisso, o soberano lhe mandasse pedreiros, carpinteiros, e outras notícias (ANTT, Colecção de cartas, Núcleo Antigo 876, n.º 18). Posteriormente, em 1536, foi erguida uma feitoria para o comércio de escravos pelos portugueses.
LUÍS ÁLVARES DE AZEVEDO Moço da Câmara do Rei Faleceu por volta de 1530 Escrivão da feitoria de Santiago – podia resgatar 2 escravos por ano/ordenado 40.000 reais ano (1529) – (o 1º escrivão da feitoria?)
GONÇALO DIAS, Escrivão do almoxarifado da Ribeira Grande (1529)
JOÃO FIDALGO, Armador (1529) Piloto de navio (1529) Capitão de navio (1529)
VASCO GONÇALVES, Fidalgo da Casa Real Proprietário Rural - A 4 de Janeiro de 1529 vendeu juntamente com António Vaz ao feitor de Santiago "/…/ 124 rezes femeas a 400 rs. cada uma em que montou 49. 600 rs. /…/" e a 30 de Fevereiro de 1529 venderam mais "/…/ 196 rezes machos e femeas a 60.6000 rs. /…/"
ANTÓNIO PIRES, Criado do arcebispo de Lisboa (1529) Teve filhos ilegítimos com Catarina Dias (1539) Tesoureiro dos dinheiros e fazendas dos defuntos de Santiago e Fogo (1529 – 1546) Mamposteiro mor dos cativos nas ilhas e Rios do Cabo Verde (? -1548) Clérigo de missa (1539, 1542) Proprietário rural (1540) Vendeu cavalos sem permissão da feitoria real – Foi condenado e recebe carta de perdão em 1548
DIOGO SOARES, Faleceu nas partes de Guiné (1556?) Tesoureiro da fazenda dos defuntos (1529 – 1533)
1529/10/17
O primeiro guarda de navios que encontrei na documenlação é GONÇALO RODRIGUES que se ausentou da vila da Ribeira Grande e, por isso, serve o seu cargo (de 17 de Outubro 29 de Janeiro de1529) GONÇALO VAZ, alcaide. Este último recebeu de ordenado, por esses 3 meses, 1170 réis. Isto porque o ordenado de guarda-mor dos navios era nessa época 4000 réis por ano. AN/TT, Núcleo Antigo nº 528,fls. 35 v. e 82-82 v .1528.
O guarda-mor (dos navios,do porto e da cidade) tinha como incumbência controlar os movimentos portuários de entrada e saída,fazer cumprir as posturas municipais e o fechamento dos portos em caso de peste. A sua eleição era mensal e era escolhido de uma lista de cinco nomes. Em cidades com movimento portuáriointenso, este cargo estabelecia relação com todos os sectores da economia direccionadospara o comércio externo.






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