1515
JOÃO ANDRÉ, Casado em Santiago Escrivão dos contos das ilhas de
Santiago e Fogo (?- 1528) Procurador de Fernão de Alcáçova (1529) – “homens dos
de Fernão d’Alcáçova” Escrivão de navio Capitão
de navio (1515, 1528) Importa peças e mercadorias da Guiné (1528) - Tem
escravos de confiança.
DAMIÃO DIAS, Casado em Santiago Escrivão da Fazenda Real da ilha de
Santiago (1524) Contador das ilhas de Cabo Verde (±1520-1524) Sua mulher encomenda escravos da Costa da
Guiné (1515)
BERNALDIM GOMES,
Importa peças e mercadorias da Costa da Guiné (1515) Tem escravos de confiança
1515/02/03
Registo da cobrança dos
direitos sobre os escravos e milho transportados no navio Santa Maria da Graça, do armador FERNÃO DE MELO, resgatados na costa da
Guiné pela armação e pelos viajantes. Inclui as encomendas.
Registo da cobrança dos
direitos, pagos na Ribeira Grande, sobre os escravos e o milho transportados no
navio Santiago, do
armador JOÃO VAZ, resgatados na
costa da Guiné pela armação e pelos viajantes, Inclui as encomendas.
1515/02/19
Registo da cobrança dos
direitos, pagos na Ribeira Grande, sobre os escravos transportados no navio São Francisco, que
fora armado havia dois anos por FERNÃO
MENDES que o vendeu a ESTÊVÃO
JUSARTE. Por acordo entre este último e os rendeiros foi concedida isenção
do pagamento da vintena e redução do quarto a quinto.
1515/03/12
Acordo entre JORGE DO REGO, fidalgo da casa real, e
o rendeiro JORGE NUNES (feitor de FRANCISCO MARTINS) e JOÃO PESTANA. Tendo JORGE DO REGO chegado a Santiago com a nau Santa
Maria do Cabo para carregar escravos, algodão e marfim compromete-se a
carregar para fora tais mercadorias, pagando uma percentagem especial. Era autorizado a carregar todos os escravos
que quisesse, sem pagar direitos, desde que não os vendesse para fora de
Portugal.
1515/03/16
Partida do navio castelhano Santa Ana, de
que era mestre RUI VELEZ. Registo da
cobrança da dízima sobre os escravos.
Registo da cobrança da
dízima sobre as mercadorias dos portugueses
que iam no navio Santa Ana. Cada
escravo pagou 150 reais,
1515/03/21
Registo da cobrança dos
direitos, pagos na Ribeira Grande, sobre os escravos e marfim (dois saleiros de
marfim trabalhados) transportados no navio
Santa Cruz, do armador ANTÓNIO
VAZ, e resgatados pelo armador e pelos viajantes. Inclui as encomendas
1515/03/28
Registo da cobrança dos
direitos, pagos na Ribeira Grande, sobre os escravos transportados no navio Santiago, do armador
ANTÓNIO VAZ, e resgatados na costa
da Guiné. Inclui as encomendas.
1515/05/04
Registo da cobrança dos
direitos, pagos na Ribeira Grande, sobre os escravos transportados no navio Santa Maria da Nazaré, do
armador e rendeiro JORGE NUNES e
pelos viajantes. Inclui a cobrança dos mesmos direitos sobre o milho e as
encomendas. Refere um acordo com o rendeiro para a redução do montante a pagar.
1515/06/26
Registo da cobrança dos
direitos, pagos na Ribeira Grande, sobre os escravos resgatados na costa da
Guiné, transportados no navio Santiago,
enviado da Guiné por RUI PEREIRA.
Inclui a cobrança dos mesmos direitos sobre o arroz e o milho da armação, como
sobre as encomendas. Refere um acordo com os rendeiros para redução do montante
a pagar.
Registo da cobrança dos direitos pagos sobre os escravos transportados pelo navio Salvador, resgatados na Guiné pelos armadores BASTIÃO PIRES e FRANCISCO MARTINS (rendeiro), em parceria. Refere-se a redução no montante a pagar sobre as peças. Inclui a cobrança dos mesmos direitos sobre o marfim da armação e de outros, o milho e o arroz da armação e as encomendas.
1515/06/28
Registo da cobrança dos
direitos, pagos na Praia, sobre os escravos transportados no navio Santa Maria da Graça, dos
armadores FRANCISCO LOPES e GASPAR DIAS, em parceria, resgatados na
costa da Guiné pela armação e viajantes. Inclui as encomendas
1515/08/16
Registo da cobrança dos
direitos sobre os escravos e o marfim transportados no navio Santa Mana da Piedade, do armador ÁLVARO RODRIGUES, resgatados na costa da Guiné pela armação e
viajantes. Inclui as encomendas.
1515/09/03
Registo da cobrança dos
direitos, pagos na vila da Praia, sobre os escravos, marfim, carne e milho
meado com feijão transportados no navio Santa
Catarina, do armador JOÃO
VAZ, resgatados na costa da Guiné pela armação e viajantes. Inclui as
encomendas. Refere a redução no pagamento do quarto e vintena.
1515/09/17
Alvarás régios fazendo mercê ao Hospital de um escravo ou escrava
de cada navio ou caravela que proveniente da Guiné. 1515-09-17. Portugal,
Torre do Tombo,HOSPITAL DE SÃO JOSÉ,
ex. 273, mç. 1, n.0 3ª
1515/10/16
Registo da cobrança dos
direitos sobre os escravos, o marfim e o mantimento (milho) transportados ao navio São João, dos armadores
NICOLAU RODRIGUES e NICOLAU FERNANDES, resgatados na costa
da Guiné pela armação e viajantes. Inclui as encomendas. Refere a redução no
montante a pagar de quarto e vintena.
1515/12/27
Registo da cobrança dos
direitos sobre os escravos e marfim transportados no navio Santo Antão, do armador VICENTE DIAS, resgatados na costa da Guiné pela armação e
viajantes. Inclui as encomendas. Refere a redução no montante a pagar de quarto
e vintena.
Registo da cobrança dos
direitos sobre os escravos e o milho transportados no navio Santiago, dos armadores ANTÓNIO VAZ e VICENTE ANES,
em parceria, resgatados na costa da Guine pela armação e viajantes. Refere um
acordo com os rendeiros para redução do montante a pagar de quarto e vintena.
1516
As autoridades espanholas concedem a uma
companhia genovesa o «asiento de negros», isto é, a exclusividade no
abastecimento de escravos às Índias de Castela.
1516/01/16
Registo da cobrança dos direitos sobre os escravos transportados no navio Nazaré, dos armadores ÁLVARO DIAS (almoxarife) e JOÃO LOPES CHAINHO, em parceria, resgatados na costa da Guiné pela armação e viajantes, mediante uma redução na cobrança dos direitos.
1517
Em 1517, o primeiro asiento para o movimento de escravos directo da África para as Índias foi assinado, com LORENZO DE GARREVOD, sendo-lhe dada permissão para levar 4.000
africanos através do Atlântico "direto das ilhas de Guiné" - isto é,
Cabo Verde.
☻ O imperador Carlos V autorizou e promoveu em 1517 a introdução de escravos pretos das possessões portugalizas da Guiné para a ilha de S. Domingos, a fim de trabalharem nas minas.
E é de admirar que isso em grande parte
se deveu ao virtuoso Las-Cazas, Bispo de Chiapa, que assim pensava, com uma
filantropia assaz contraditória, proteger os índios.
Desde então ficou sendo
a Guiné o viveiro de gente que ia alimentar o novo mundo. Porém a independência
deste império, e a repressão do tráfico da escravatura, fizeram, por assim
dizer, acabar este comércio. A pimenta da Guiné, desacreditada pelos próprios
portugueses, do mesmo modo não existe já no comércio.
1518
É
autorizada a exportação direta de escravos para a América Espanhola a partir de
Cabo Verde e de São Tomé.
1518-1519-
Forte epidemia de varíola nas Antilhas acelera a importação de mão de obra
escrava.
1518/01/08
Proibição aos moradores da ilha de
Santiago de efectuarem resgates na Guiné
Os lucros dos escravos eram tão apetecíveis e a concorrência era de tal ordem que, em 1518, foi proibido que moradores de Cabo Verde fossem à Guiné resgatar escravos, a não ser os indispensáveis para serviço próprio.
1518/03/12
Desde a reviravolta nas
facilidades de fixação (carta régia de 1472), passando pela determinação para
que os escravos resgatados nas costas da
Guiné fossem levados diretamente a Lisboa e não mais à Ribeira Grande
(alvará de 4 de outubro de 1512), até ao
impedimento de os “estantes” navegarem nas costas da Guiné (Regimento de 13
de janeiro de 1520), várias foram as tentativas da Coroa em fazer desmoronar-se
o grande monstro da concorrência que ela mesma criara. Todas elas mereceram o
mesmo grau de protesto e todas foram
sistematicamente desacatadas, não estranhando que, na seqüência das muitas
transgressões dos mercadores, a Coroa tenha determinado, em 12 de março de 1518 “[...] vedar o dito resgate aos moradores da
dita ilha; [...] e mandamos dar e cometer, com todas suas fazendas aos Reis e
negros donde estiverem, para que os matem ou entreguem aos capitães dos nossos
navios".(1)
(1) Brásio, Apud:
António Carreira, op. cit. pág. 57.
1519/06/30
Encerramento da conta tomada a ÁLVARO DIAS, almoxarife de Santiago, na vila e jurisdição da Ribeira Grande, relativa aos anos em que foram rendeiros FRANCISCO MARTINS (dois terços) e JORGE NUNES (um terço), tendo começado no dia de S. João Baptista de 1513 e acabado no mesmo dia de 1516. A conta começou a ser tomada a 15 de Janeiro de 1513 e acabou em 30 de Junho de 1519
Receita:
Registo da receita que o almoxarife recebeu em dinheiro, correspondente a dois terços de vários direitos, nos segundo e terceiro anos do arrendamento: receita dos quartos e vintenas; da dízima da ilha de Santiago; dízima do algodão da ilha do Fogo; direitos da ilha de Maio; dízima das entradas e saídas dos navios de Castela e de estrangeiros
Receita sobre as vendas das mercadorias; escravos, pano de linho, milho, farinha de trigo, arroz, vinho, figos, passas, pano verde, marfim, cera, grãos, algodão, miudezas
Receita sobre os escravos da armação repartida entre os rendeiros
Rendimento dos quartos e vintenas sobre os escravos vindos da Guiné; o marfim; a cera; o arroz; o milho; as esteiras; os balaios, e uma gamela
Rendimento dos quartos e vintenas e dízimas do algodão sujo da ilha do Fogo
Declaração do almoxarife da ilha Terceira comprovando o pagamento do quarto e vintena sobre os 24 escravos da caravela Santa Cruz, cujo piloto era BRÁS FERNANDES
Renda das entradas e saídas da farinha
Renda das entradas e saídas do trigo
Renda da entrada da madeira, caldeiras, biscoito, loiça de malega, cordas, nozes, favas, amêndoas, mel, pano de linho, pano de Holanda, ceroulas, vinho, passas, figos, azeite, peneiras, estopa, sabão, atacas, peles de carneiro curtidas, canhamaço, cetim de Burges, fustao, breu
Folhas dos quartos e vintenas pagos pelo navio Santa Maria do Cabo no porto da Praia. 10 de Agosto de 1514
Despesa:
O almoxarife despendeu no total 1 939 577 reais: em dinheiro enviado para Portugal ao feitor das ilhas por vários mestres de navios, entre 6 de Outubro de 1514 e 23 de Outubro de 1516; em peças de escravos, em 4 de Março de 1518.
1520
GONÇALO CARDOSO, Nobre Neto de Gonçalo Martins Cardoso, alcaide-mor da vila da Fronteira; filho de André Cardoso; tio de Manuel Cardoso Falecido (1538) Escrivão da feitoria da ilha de Santiago (1520, 1532) Escrivão dos órfãos da ilha de Santiago (1533) Tabelião do Publico da cidade da Ribeira Grande (1535) Importa peças e mercadorias da Costa da Guiné (1528)
1520
GONÇALO CARDOSO, Nobre Neto de Gonçalo Martins Cardoso, alcaide-mor da vila da Fronteira; filho de André Cardoso; tio de Manuel Cardoso Falecido (1538) Escrivão da feitoria da ilha de Santiago (1520, 1532) Escrivão dos órfãos da ilha de Santiago (1533) Tabelião do Publico da cidade da Ribeira Grande (1535) Importa peças e mercadorias da Costa da Guiné (1528)
1520/10/04
Mandado ao almoxarife dos escravos para que dê um escravo do preço de 10 mil reais de esmola ao MOSTEIRO DE SANTA MARIA DE PENA.
Portugal, Torre do Tombo, Fragmentos, ex. 7, mç. 2, n.0 48
Alvará (traslado da) que o rei O. Manuel I fez ao HOSPITAL DE TODOS OS SANTOS de um escravo por cada caravela que viesse da Guiné. 1520-10-04.
Portugal, Torre doTombo, Gavetas, Gav. 2, mç. 2, n.º 62.
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